Aqui é o Pirilililim.
Palhaço raiz, sem patrocínio e sem camarote.
Outro dia eu vi o Zezé Di Camargo entrar no picadeiro.
Não com violão — com opinião.
E quando o artista troca o palco pelo palanque, meu amigo… fonfón!
vira palhaço honorário do circo.
O assunto?
Um canal que se diz de “opinião neutra”.
Ahá!
Neutralidade…
no Brasil…
com Alexandre de Moraes e Lula sentados no camarote?
Pirilililim! 🔔
O Pirilililim esfrega os olhos cheios de torta e pergunta:
— “Neutro pra quem, meu filho?”
Porque no picadeiro Brasil, neutralidade é aquele truque clássico:
o palhaço jura que a cartola tá vazia,
mas o coelho já tá lá dentro faz tempo.
Zezé falou.
Falou como cidadão, claro.
Direito legítimo.
Mas quando a fala ecoa do camarote, com holofote e microfone, não é mais só opinião — vira ato do espetáculo.
E o espetáculo tem regra simples:
quem tá em cima chama de equilíbrio,
quem tá embaixo chama de piada.
O Pirilililim olha pro camarote, vê taça de cristal, discurso bonito e ar-condicionado…
olha pra arquibancada e vê o povo pagando ingresso duplo:
imposto + paciência.
No Brasil, “opinião neutra” é igual torta de circo:
sempre tem alguém escolhendo o recheio,
e nunca é o palhaço que leva na cara.
Pláft!
Zezé virou palhaço?
Não.
Virou parte do número.
Porque quando todo mundo diz que é neutro,
alguém já decidiu o roteiro.
Fonfón…
O camarote aplaude.
O povo discute.
O palhaço paga.
E a eleição vem aí…
e como faz a urna?
Pirilililim! 🔔














